Ideias apoucadas de juízo - Dicionário Rimador

Hoje em dia escrever poemas é fashion… Toda a gente tenta escrever um poema originalmente criado a partir de versos criteriosamente seleccionados de outros poemas pré-existente… O que é espectacular!!! Eu próprio já escrevi uns conjuntos de versos mal articulados, com artrite reumatóide vá, para utilizar quando uma sócia da ACAPO se apaixonar pela minha beleza exterior, já que a interior é, digamos, irresistível… Tenho um fígado espectacular, uns pulmões limpos como o céu de uma tarde de Agosto e um baço completamente desembaciado…

E o que dá jeito para fazer uns poemas giros??? Rimas, meus amigos, rimas… Não é rimas à Tony Carreira, pois com essas até eu escrevia Os Lusíadas com a mão esquerda… Rimas do tipo nascer/ser, venceu/eu, canção/coração, esquecer/nascer (rimas retiradas das duas primeiras estrofes da música, “Sonhos de Menino”, de alguém plagiada) são tão difíceis de conceber que até o Avó Cantigas utiliza a mesma técnica para direccionar as suas músicas a quem, a par das quarentonas, não utiliza uma considerável percentagem do seu cérebro… As crianças…

Portanto, para se conseguir umas rimas melhores do que estas, eu pensei em criar o Dicionário Rimador… Basicamente é um dicionário normal, mas ao contrário… Isto é, as palavras em vez de estarem ordenadas pela ordem (gosto de redundâncias…) das primeiras letras que constituem a mesma, estariam ordenadas pela sequência com que as últimas letras se juntam com as primeiras… Ou seja, o dicionário começaria com as palavras acabadas na letra “a” e terminaria com os vocábulos cuja última letra seja o “z”…

Penso que seria uma invenção que venderia alguns milhares de exemplares… Pelo menos dois elementos da família Carreira comprariam…