Há uma coisa que, já há uns tempos, me faz uma espécie de espécie: as pessoas já com alguma idade insinuarem que os jovens são menos espertos só pelo facto de não conhecerem alguns dos ditos "grandes nomes" de antigamente...
Meus amigos, isso acontece sempre... Sempre que uma Simone de Oliveira, um Ruy de Carvalho, um Mário Soares, um Artur Agostinho vão à TV, ou outro mass media, dizem que os jovens de hoje em dia não dão valor aos grandes senhores de há uns anos... E que, nesse sentido, são uma espécie de "mal agradecidos", de "ingratos esquecidos"...
Qual é o sentido disto???
É pouco ou nenhum... Aliás, na minha modesta forma de ver as coisas, quem se está a "enterrar" com estas insinuações são os seus citadores...
E porquê??? - perguntam vocês...
Porque eu acho que uma pessoa de 20, vinte e poucos anos, não tem a "obrigação" de conhecer o trabalho, a carreira de um senhor que morreu há 30 ou 40 anos... Claro que há nomes incontornáveis: Carlos Paião, António Variações, Miguel Torga, Alexandre O'neill, Vasco Santana, Beatriz Costa, António de Oliveira Salazar, Marcelo Caetano, Salgueiro Maia... Mas também há nomes que nós jovens nunca ouvimos falar e, essa mesma ignorância, não é culpa nossa... É sim da responsabilidade das pessoas que conviveram com essas personalidades... Cabe a estas pessoas recordar tais vultos, fazendo assim com que nasça a curiosidade no jovem... Isto é, um jovem nunca poderá saber/conhecer pormenores da vida de dado grande senhor dos anos 60/70 se hoje em dia ninguém fala do trabalho desenvolvido por este...
Meus amigos, isso acontece sempre... Sempre que uma Simone de Oliveira, um Ruy de Carvalho, um Mário Soares, um Artur Agostinho vão à TV, ou outro mass media, dizem que os jovens de hoje em dia não dão valor aos grandes senhores de há uns anos... E que, nesse sentido, são uma espécie de "mal agradecidos", de "ingratos esquecidos"...
Qual é o sentido disto???
É pouco ou nenhum... Aliás, na minha modesta forma de ver as coisas, quem se está a "enterrar" com estas insinuações são os seus citadores...
E porquê??? - perguntam vocês...
Porque eu acho que uma pessoa de 20, vinte e poucos anos, não tem a "obrigação" de conhecer o trabalho, a carreira de um senhor que morreu há 30 ou 40 anos... Claro que há nomes incontornáveis: Carlos Paião, António Variações, Miguel Torga, Alexandre O'neill, Vasco Santana, Beatriz Costa, António de Oliveira Salazar, Marcelo Caetano, Salgueiro Maia... Mas também há nomes que nós jovens nunca ouvimos falar e, essa mesma ignorância, não é culpa nossa... É sim da responsabilidade das pessoas que conviveram com essas personalidades... Cabe a estas pessoas recordar tais vultos, fazendo assim com que nasça a curiosidade no jovem... Isto é, um jovem nunca poderá saber/conhecer pormenores da vida de dado grande senhor dos anos 60/70 se hoje em dia ninguém fala do trabalho desenvolvido por este...
Tudo isto é mais ou menos que se passa no ensino superior... Dizem que o Processo de Bolonha é a forma mais avançada do estudante adquirir conhecimentos uma vez que parte deste a procura dos conteúdos... Mas há aqui uma grande falácia... Cabe ao professor/orientador despertar a curiosidade/interesse do formando acerca de dada temática... Se este não conseguir cativar a atenção do estudante, todo o processo de aprendizagem ficará comprometido...
E mais: acho de uma extrema falta de bom senso acusarem-se os jovens de não conhecer dado nome do passado quando esse mesmo acusador não conhecer grande nomes do presente... Ou seja, as pessoas já com alguma idade fazem dos jovens uns ignorantes pelo facto de estes não estarem familiarizados com um nome que, a sua própria geração, já não faz referência, e não se acham atrasados aquando do não conhecimento de determinada personalidade do presente...
Hão de perguntar a uma Simone de Oliveira, a um Camilo de Oliveira quem é o Manuel Cruz ou o quem é um José Luis Peixoto...
A resposta que obteram não será muito diferente de um: "Oi???" ou um "Ah e tal, não sei quem são esses senhores... No meu tempo é que era bom..."
Ai no tempo deles é que era bom??? Via-se pela quantidade de tinta que o lapis azul escorria...
Parecendo que não, e dirigindo-me a essas personalidades amarradas aos seus anos aúreos, estamos numa realidade do presente, meus amigos... Em vez de idolaterarem os grandes nomes do vosso tempo, tentem apreciar os bons nomes do presente pois, ao estarem constantemente a gabar o trabalho de dada personalidade falecida, estão a mostrar que vocês vivem do passado... O passado, como o próprio nome indica, já está passado... O facto de idolaterarem pessoas falecidas não as tira do caixão...
PS: Eu sei que os lápis não escrevem através de tinta... O quê que querem??? Soava melhor assim...
PSD: Sim, toda esta conversa se deve à postura da senhora Simone de Oliveira no 5 Para a Meia-Noite de ontem...
CDS: Tenho uma série de recadinhos para vos dar: primeiro recado: continuem a votar; segundo recado: continuem a increverem-se no Clube de Naturalismo de Portalegre; terceiro recado: O CNP já vai com 66 sócios; quarto recado: continuem a aderir ao grupo do facebook de fãs deste blogue; quinto recado: continuem a enviar-me (via email) a vossa opinião acerca de quais foram os melhores posts aqui publicados; sexto recado: obrigado a todos os que têm participado nestas mini-iniciativas; sétimo e último recado: vou agora mesmo actualizar a lista de blogues recomendados pela minha pessoa...
5 comentários:
Dass, tantas letras num post só!
;)
Essa é uma boa forma de comentar sem ler o post...
Percebo-te e tenho a dizer que também penso exactamente da mesma forma.
Vai daí aposto que quando eram da nossa idade esses tais vultos também eram classificados da mesma forma que nós agora o somos.
É que não podia estar mais de acordo. Lá porque não conhecemos gente de à 50 anos atrás, somos ignorantes? Ignorantes são aqueles que não se esforçam por conhecer os do presente. Enfim...
Broa, talvez... Talvez... Mas nesse caso são um tanto ou quanto hipócritas ao dizerem o que dizem...
Viana, nem mais... À nossa volta está o presente... Não o passado...
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